terça-feira, 3 de novembro de 2015

Assustada em um sonho encantado:

“Você me veio como um sonho bom e eu me assustei”. E me assustei ainda mais quando percebi que seria capaz de contar nossa história toda só citando trechos da Legião Urbana. Quem sabe eu até poderia mesclar com um Sambô ou Oba Oba Samba House pra te agradar!
Eram 03h40min da madrugada, véspera de segunda-feira, quando tentei abrir meus olhos e meus cílios se enroscaram nos seus cabelos. Iluminei seu rosto com meu celular pra ter certeza que era você mesmo que estava ali, com as pernas entrelaçadas nas minhas, dormindo “igual criança com a boca aberta”.
O dia estava quase amanhecendo quando você se despediu cordialmente e saiu para trabalhar. Fiquei rolando na cama imaginando se algum dia você iria voltar. Antes mesmo que eu terminasse de preparar meu almoço você me surpreendeu com uma mensagem de texto. Marcando um novo encontro para a mesma data. Meu coração veio à boca, como da primeira vez em que você me chamou.
E assim se passou a semana. Entre mensagens, telefonemas e encontros. Histórias antigas, brincadeiras bobas e conversas longas. Sorrisos de canto, olhos brilhando e borboletas no estômago. Carinho no cabelo, soninho de conchinha e despertador estraga-prazer. Você sempre encantador. Eu sempre assustada.
Sinceramente, não sei se eu gostava mais de ouvir você falar sem parar - cheio de trejeitos e timidez - ou do cheiro avassalador do seu perfume silencioso. Do seu abraço aconchegante ou do seu beijo quente. De observar você dormindo ou de acordar com você. De esperar você me chamar ou de te chamar correndo.
Eu apertava meus olhos pare me certificar de que aquilo tudo não era um sonho. Não conseguia sentir o chão sob meus pés. Flutuava, sorria e cumprimentava sorrindo todos que cruzavam meu caminho. Mas eu estava assustada. Minha vontade era algemar seu braço no meu, mas meu medo era que você quisesse liberdade.

E então, me perdi nesse reino encantado. Esqueci-me de demonstrar o quanto “Eu só queria estar ali, sempre ao lado”. De te contar o quanto eu esperei, sem nem saber, por um alguém igual a você. E aí, numa manhã comum, nos desejamos bom dia entre beijos e nos despedimos. Mal sabia eu que seria nossa última despedida. Você se foi e eu continuo aqui, assustada.



quinta-feira, 13 de agosto de 2015

o meu amor

O meu amor é tão plano que minha complexidade  o complica.
Esquece datas, horários e papéis.
Não sabe a ordem dos meses do ano. Nem o número do mês do meu aniversário.
Garante que o tempo é linear. Não se adapta aos ciclos temporais.

‘O meu amor não telefona’ só pra dizer “eu te amo”.
Insiste em afirmar que celular foi feito pra mandar recado. SMS pra dar avisos rápidos.
Raramente ocupa todos os caracteres disponíveis nas mensagens de texto.
Não lê mensagens longas e melosas, mesmo que despertem alguma curiosidade.

O meu amor é a pessoa mais linda que meus olhos já viram.
Me faz perder o foco quando usa camisas de botão e tênis.
Torna-se uma verdadeira escultura quando sai encabulado de casa usando havaianas e boné.
Tem um sorriso bobo que se aperta em sua boca pequena, moldada pela barba por fazer.

O meu amor não liga pra datas comemorativas. E não tem a mínima noção de tempo.
Dificilmente me presenteia conforme o esperado.
Jura que essas datas são frutos do consumismo exacerbado.
Ah, eu concordo. Mas, ele recebe presentes.

O meu amor é tão inocente a ponto de fazer com que o ciúme ocupe, periodicamente, o espaço da minha inteligência.
Não vê a maldade de sorrisos espertos.
Nem as “segundas intenções” do universo feminino.
É o protagonista perfeito para a música “Garotos” – Cazuza.

O meu amor não passa a mão nas minhas pernas, nem me beija em público.
Ele passa a mão no meu cabelo e me beija na testa antes de sair.
Tem pânico à  salto Anabela, pijamas, bandagem, paetê e roupa muito curta.
Adora sapatilhas (argh!), tênis novo e pouquíssima maquiagem.

O meu amor não me trata como uma princesa.
Não dorme de conchinha por mais de meia hora.
Não faz questão de aproveitar ao máximo a minha companhia a cada segundo juntos.
Não me acorda com beijinho e não me liga à noite pra perguntar como foi meu dia.

O meu amor não quer se casar na igreja.
É ateu o suficiente.
E não vê vantagem em pagar festa ‘pros outros’.
Ah, o meu estranho amor.

O meu amor mora longe, há muito tempo.
Esquece-se de me visitar, de me ligar, de se mudar.
Tem uma vida totalmente independente da minha. E eu tenho da dele.
E, por pura opção, a gente junta nossos universos quase que o tempo todo.

O meu amor discute muito comigo.
Até se cansar.
Sobre novela, política, matemática, clima, comportamento...
Às vezes a gente até faz fofoca.

O meu amor é o pior amor do mundo.
Mas ele tem as duas mãos que me faltavam.
É minha cabeça extra.
E “se encaixa perfeitamente em mim”.

O meu amor não é minha cara metade. 
Ele é meu oposto.
É tudo o que eu espero de alguém.
Tudo o que eu queria.


O meu amor se tornou tudo o que eu sempre idealizei.
Eu não estava preparada, me assustei. Até quis fugir.
Garanto, é bem mais fácil manter o homem perfeito vivo só na imaginação.
É aterrorizante, “empolgante”, impactante, emocionante, perceber que para tê-lo pra sempre eu só preciso ser eu mesma.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

A pato e o sapato

Dentre os maiores amores da minha vida, estão (sem dúvidas) os sapatos. Quanto meus focos de ódio, certamente o maior no momento seja uma disciplina chamada patologia. A qual, há três longos anos atormenta minha vida.
Há alguns meses passei por uma vitrine e meu olho brilhou. Um sapato maravilhoso da Schutz,  Passei um tempo ali, encanta e em seguida fui pra faculdade assistir aula de  patologia. No caminho liguei pro meu pai contando sobre o novo amor da minha vida,“SCARPIN RETRÔ DIVA HIGH RED” , era o nome dele. Contei o valor e lembrei que meu aniversário estava se aproximando. Rimos e terminamos o telefonema. O assunto se encerrou por aqui.
Nessas últimas semanas, estou passando por provas de encerramento de ano. Meu pai me liga toda a noite fazendo as mesmas perguntas: “Filha, qual a matéria da prova de amanhã? Precisa de muita nota? Está preparada?”. E minhas respostas se repetem “Ainda não sei muito bem a matéria pai. Preciso de um ponto ou dois, no máximo três para ser aprovada nesta disciplina. Amanhã dou um jeito. Estou estudando patologia”. E assim passar as semanas até hoje, estudando patologia todo dia, toda hora. E dando meu jeito no resto todo.
Na semana passada, meses depois do meu encontro com o sapato e oito dias antes da minha primeira (de três) prova de patologia, acordei com um whatsApp do meu pai. No meio de erros de digitação e seus trejeitos lingüísticos, ele me dizia mais ou menos o seguinte (simulando um diálogo entre nós) “Oi, queria tanto o sapato. Mas não vou pedir pro meu pai não, é muito caro posso ficar sem! O que você esqueceu, minha filha, é que você e seu pai tem muita sintonia e você não precisa pedir nada. Na hora certa as coisas acontecem. Confira sua conta do BB.”. Chorei, sorri, conferi. R$ 350,00 reais depositados, o valor exato do Scarpin da Schutz.
Como uma boa filha, fui pra aula e na volta passei na loja. Comprei o sapato e mandei uma foto pra ele. Ele me ligou em seguida. Dizendo (do jeitinho dele) que era pra eu estudar pato com o sapato por perto. Lembrar que existem coisas boas. Que dificuldades nos proporcionam surpresas. E que toda a vez que eu ficasse nervosa devido à patologia, era pra me lembrar do sapato.
Naquela noite me arrumei e sai para inaugurar o sapato. Nas noites seguintes, estudei patologia com meu sapato dentro do meu campo visual. Feliz, muito feliz. Não pelo sapato, mas pelo pai que tenho! Um pai que sabe como agir, que sabe como me conduzir, que sabe como me fazer aprender conteúdos, que me arrastou até aqui; na boca do internato! Eu olho pra essa caixa de sapato do lado do livro de patologia e choro. Minha gratidão é imensurável. Não – de forma alguma – pelo simples presente material que recebi. Mas por tudo o que esse presente representa. Pela maneira que meu pai consegue se fazer presente mesmo “milhas e milhas distante”. Pela forma que ele me anima a cada tropeço meu. Por seu poder sobre mim, sobre minha mente, sobre meu humor. Gratidão talvez seja a palavra para descrever meu sentimento. Mas parece que gratidão é pouco.
Enfim, hoje finalmente fiz a temida prova de patologia. E tomei ferro! Meu desempenho foi péssimo. Passei o resto do dia me sentindo inútil, retardada, imbecil. Cheguei em casa vi a caixa do sapato e as lágrimas foram inevitáveis. Não liguei pro meu pai, como faço depois de toda a prova. Tive vergonha de admitir o quanto fui incompetente. Entretanto, há alguns minutos ele me ligou. Reclamando da minha ausência. Encabulada contei o ocorrido, esperando ouvir no máximo um “poxa filha, terão mais oportunidades”.
Porém o que eu ouvi foi o seguinte: “Minha filha, compra um litro de Vodka e chama ele de patologia. Beba inteiro e no fim comemore. Você acabou com a patologia!”.

Nomeei uma garrafa de Corona Extra de patologia. Porque amanhã preciso estar bem para retomar os estudos e recuperar a nota. Estou olhando para o meu sapato lindo maravilhoso e já ACABEI COM A PATOLOGIA pai!

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Sintonia

O encanto dura enquanto há o “fator encantador”.  O místico. O fantástico. O intrigante. O sedutor.  O diferente. O inesperado. O surpreendente. A sintonia. Ah, a sintonia... Exatamente como explica o dicionário: “Igualdade de frequência entre dois sistemas de vibrações.”.
Visto que o que move o mundo é a energia – tanto física quanto filosoficamente falando – podemos concluir que sintonizar com alguém garante uma soma de energias tão perfeita que o mundo passa a girar na velocidade ideal. Damo-nos conta de que estamos nessa tal sintonia através dos pequenos truques do destino, o qual, como disse Chorão, “brinca com as pessoas”. Palavras ditas no mesmo momento, ideias surpreendentemente semelhantes, aquela coisa de você pegar o celular pra ligar e nesse momento ele tocar, e o personagem se repete no sonho e quando você acorda descobre que também foi tema do sonho desse alguém.
E esse encanto é lindo. Tão lindo quanto passageiro. O que o quebra de vez, são os rótulos. Uma vez alguém me disse algo do tipo “há muito solteiro morrendo de amor e muito casal desapaixonado”. A mais pura verdade. Não que alguém seja culpado, mas o encanto naturalmente acaba um dia e é difícil – demais - ter coragem para virar a página e se deixar encantar de novo, por um outro alguém.

E se eu pudesse dar um concelho a essa humanidade perdida eu diria: Permita-se, encante-se, ressintonize!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Amores platônicos

Quando meus amigos me irritam, eu paro pra pensar porque ainda “ando com eles”. Eu me irrito com facilidade. Tenho poucos amigos. Invariavelmente concluo que mantenho as amizades, mesmo diante das dores de cabeça, porque não foi à toa que os escolhi. No fundo gosto inclusive dos defeitos irritantes que eles insistem em cultivar.
Entretanto, a verdadeira verdade é que se meus amigos fossem mesmo quem eu imagino; não existiriam. Tenho mania de criar personagens fictícios. Em um mundo paralelo, logo aqui do lado, vivo uma vida no Jardim do Eden. Com pessoas perfeitas, molhos saudáveis e rock and roll.
É aí que reside minha facilidade em criar amores platônicos. Nesse mundo paralelo, com um “eu perfeito”, rodeada de amores perfeitos. Em geral esses amores são personagens da vida real. Mas mais bonitos, mais carinhosos e deliciosos.
Funciona mais ou menos assim: o “carinha” passa usando uma camiseta cinza e chinelos havaianas. Só. Em seguida eu arrumo um tempinho livre (sei lá, na caminha da sala de aula até meu carro por exemplo) e crio uma história toda a partir dessa cena. Fico imaginando ele jogando a camiseta no sofá, pedindo comida japonesa, entrando em casa sem tirar os chinelos, me chamando pra ver besteirol americano na TV.
Assim seguem meus dias comuns. Inventando novas histórias, com novos garotos. Como uma eterna casinha de Barbie. Porém, o problema surge quando o personagem começa a se repetir. E eu começo a viajar num mesmo carinha, em várias cenas. E este, por sua vez, nem imagina.
Nessas horas o destino costuma colaborar. E me esbarra no tal carinha em uma freqüência louca e assustadora. Desse modo, eu acumulo cenas reais no meu arsenal, e com algum tempinho de sobra crio mais e mais histórias platônicas. Percebo que de fato estou vivendo um problema quando, mesmo sem cenas reais, consigo inventar cenas fictícias.
Quando me dou conta, estou literalmente vivendo um amor platônico. E sempre me falta coragem para realizar esse amor, na vida tediosa vida real. Não por medo de rejeição, mais mesmo por medo de decepção. Meus amores platônicos são perfeitos demais para terem capacidade de se tornar real.
Admito, é gostoso. Interessantíssimo viver esses amores. Mas às vezes cansa. Sinto vontade de sentir as tais borboletas no estômago. Pagar pra ver se o carinha que samba de chinelo havaiana realmente deitaria no meu sofá sem tirar os chinelos.

Entretanto, meus amigos eu sei que são maravilhosos na vida real. E mesmo quando me decepcionam me encantam. Consigo conviver com eles no universo paralelo e na vida de verdade. Já o carinha, ah, deixa ele congelado lá.

"E você? Você é o motivo. Do meu amanhecer. E da minha angústia. Ao anoitecer. Amor platônico." (Renato Russo).

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O poder do amor próprio

Minha ignorância não é grande o suficiente a ponto de me permitir desacreditar na poligamia. Sabe-se que historicamente, nós mamíferos, somos poligâmicos. Por mais primitivo que possa soar, carregamos em nosso material genético o gene para tal fim – por assim dizer.
Em contra partida, somos culturalmente monogâmicos. Integrantes de uma sociedade em que a vida deve ser vivida em dupla. A gente cresce sabendo que a base de uma família é uma dupla, o papai e a mamãe. E que esses, apenas juntos, são capazes de dar continuidade à sua árvore genealógica e passar valores aos seus filhos.
Sendo assim, o que se faz é passar metade de uma vida tentando suprimir os instintos poligâmicos durante uma busca incessante por um par. Aí, chega uma hora que o par se forma. A felicidade é alcançada. E só o que falta ao protagonista desta história e se reproduzir e morrer (afinal, conforme se aprende no colégio, todos os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se e morrem).
Porém, há (muitos) casos em que um dos integrantes do par é primitivo o suficiente a ponto de não controlar seu gene poligâmico. E o outro é “ovelhinha do sistema” o suficiente a ponto de não admitir o rompimento de um par. É aí que nascem a traição e os casamentos eternamente infelizes e frustrados.
Para viver nesse jogo de opostos (entre o que nos é imposto pela cultura e pela genética), é que existe o amor. O amor próprio! Que quando mesclado com uma quantidade ínfima de inteligência e capacidade adaptativa costuma funcionar muito bem, em todas as circunstâncias.

Quando o amor por si mesmo existe, é possível inclusive amar uma segunda pessoa. O suficiente para respeitá-la e manter o destrutivo gene para poligamia em estado de latência por toda uma vida. E para os casos que essa “segunda pessoa” tão pequena que se torna incapaz de retribuir este respeito, o amor próprio também funciona. Afinal, se você ama mais a si próprio, logo vai esquecer mágoas passadas. E, inclusive, ser periférico a esse sistema todo e viver uma vida muito feliz e sem uma dupla.


http://letras.mus.br/legiao-urbana/46932/

segunda-feira, 23 de março de 2015

Café expresso


É terrível quando alguém te faz bem. Pior ainda quando este bem é grande demais. Essa pessoa passa a brilhar tanto pra você que todas as outras ofuscam. E então, sem perceber, você deixa seu mundo orbitar em torno deste ser. Quanto ao restante da humanidade, torna-se indiferente pra ti e você abstrai. Eis que repentinamente – quando você já nem se lembra mais de que há um mundo na penumbra do “menino dos olhos” – ele desaparece. E você... Quem era mesmo você antes dele?
Pior ainda quando esta pessoa conquista seu coração gradualmente. Chega sorrateiro, aos poucos se torna seu ‘amiguinho’. Vocês se dão conta de que tem o mesmo gosto musical, opinião política, fascínio por Coca – Cola. Sem perceber, o “bom dia” e o “boa noite” são agora cruciais no teu dia. Os encontros ficam cada vez mais frequentes você é capaz de passar cada vez menos tempo sem pensar nele, vê-lo, ou ao menos trocar mensagem. Sente-se quase pedante, mas não consegue conviver com a ansiedade acarretada pela ausência dele; portanto o máximo que consegue é ficar (longos) minutos sem trocar uma ideia com o tal.

Pois bem. Quando esse ser maravilhoso enfim retorna ao mundo mágico de onde caiu, você se vê sozinha. Com uma cratera onde antes estava anatomicamente posicionado um coração. Jura jamais se deixa levar novamente. Sofre e chora – é assim que tem que ser. E... um novo ‘mozão’ aparece. Tocando fogo no Alasca que você vivia. E a vida segue, oscilando entre o quente e o frio, jamais morna. Estilo café expresso.

domingo, 15 de março de 2015

Porque eu não vou pra manifestação pedir o impeachment:




Pelo mesmo motivo que eu pago uma fortuna mensal pela minha DP de patologia I na faculdade e que não apoiei a greve dos professores. Meu pai me ensinou a pensar antes de agir e a encarar as conseqüências.  Desisti de estudar patologia já nos primeiros bimestres. Votei no Requião para governador. No Eduardo Jorge no primeiro turno e Aécio Neves no segundo pra presidente da república.
Pra deixar claro, minha mãe (é professora) ficou profundamente magoada porque não apoiei os professores. Chegou a escrever no meu carro que eu apoiava a greve e a ficar dias sem falar comigo. Meu pai está me mandando pra rua neste momento, querendo que eu escreva “Aécio” na testa e grite por mudanças. Ainda assim, minhas opiniões costumam ser formulas, embasadas em argumentos e doutrinadas por mim. Inclusive, no primeiro texto aqui afirmei que preconizaria textos mais tranqüilos, que não artigos de opinião. Mas deixei claro que existiriam exceções.
Recentemente pintei a cara, fiz cartazes (segue imagem com este texto), usei hashtag, estava lá quando paramos a avenida Colombo, gritei “joga o pupin”, “sem violência”, “o gigante acordou”. Invadi uma sessão secreta da câmara de vereadores de Maringá, briguei com vários deles, fiz um chorar, virei fã de carteirinha de outro (Saudoso Dr. Manoel – PCdoB), estava lá quando conseguimos que revogassem o aumento nas passagens.  Por várias noites cheguei em casa com os pés doloridos, um sentimento inexplicável de fazer a revolução com as próprias mãos, tomei chuva, fiquei resfriada, perdi horas de estudo, fui mal na faculdade. Estava feliz demais. Porém, logo o gigante cochilou de novo e poucos meses depois nas eleições o povo cagou na minha cara!
Nessa época dos protestos, o cenário político era instável, o futuro incerto. Existia certo medo de novo golpe militar. Senti-me na obrigação de levantar a bunda desse sofá confortável e alertar o povo sobre o lixo que é o PT. Isso porque as eleições estavam próximas, vivemos em um país democrático o voto livre e fazer valer nossas vontades. Como meu advogado (petista doente, diga-se de passagem) costuma me dizer, precisamos sempre esgotar as vias administrativas. O voto secreto era a via administrativa neste caso. Entretanto, outubro chegou e o povo optou por dar continuidade ao paternalismo.
Não, não estou em casa por birra do povo que foi burro! Estou apenas poupando esforços. É justo que se pague por seus erros. Tenho uma filosofia de vida: perdoar uma pessoa uma vez na vida, por maior que seja o erro dela, o direito ao perdão é universal pra mim, como se fosse o famoso “primeiro de campo” da queimada que jogávamos no colegial. Mas pra segunda vez não há perdão, se a pessoa cometeu dois erros em uma vida só é porque é uma pessoa de merda e não vai mudar. Meus caros, estamos no quarto mandato seguido do PT. É imperdoável.
Eu tenho um “Q” de comunista. A paixão da minha vida são as criancinhas barrigudas cheias de vermes! Getúlio Vargas, o pai dos pobres, é um dos meus maiores ídolos políticos (depois do Fernando Gabeira, FHC, Eduardo Jorge e Jango). Mas o que me deixa puta nessa onda petista de merda é que nem pra fazer um governo popular essa merda serve! Sinceramente, o primeiro mandato do Lula eu estava a favor dele (o segundo não porque sou contra reeleição), acredito que era sim necessário ascender a classe C, facilitar carro próprio, teto digno e cesta básica. Garantir saúde de qualidade universal (e sim o SUS é um sistema lindo, bem estruturado, bem pensado, louvável demais). Porém, agora já virou palhaçada. O “povão” já tem assistencialismo o suficiente e deve agora aprender a pescar. E não passar tardes de sol na varanda de casa bebendo cerveja enquanto envelhecemos e pagamos impostos.
Odeio tanto a Dilma quanto a coordenadora do meu curso (acreditem, isso é muito!). Estou extremamente putíssima da cara com o rumo que o país tomou. Em especial com o preço do combustível (por questão particular mesmo, meu pai é dono de um posto de combustível e eu sei bem o quanto os preços abusivos das refinarias afetam nosso dia-a-dia), da energia elétrica, a redução no reajuste semestral do FIES (de um dia para o outro o sistema passou a aceitar reajuste máximo de 6,4%, meu curso aumentou bem mais que isso), da putaria que virou o site do mesmo FIES, o escândalo dos “petroleiros” que a TV aberta e a revista Veja estão mascarando e as medidas impensadas de cortes de gastos. Porra dona Dilma, somos a nação que mais paga imposto nesse mar azul!
Porém, não vou pra rua. Porque não votei nela. A hora de manifestar minha indignação foi a hora da urna! Fui lá e fiz bem feito. Era clara a instabilidade política durante o mandato anterior, era óbvio que se não tirássemos o PT do trono ia dar merda agora. Mas a população não percebeu isso. A maioria quis assim. Quem vai pra rua hoje, ainda vai ser a minoria. Ainda vai perder seu tempo. Um ou outro eleitor petista deve ter se arrependido do voto e estar na rua hoje, se desculpando com o ego. Mas não foi por um ou outro voto que perdemos. O que eu tenho a acrescentar de valioso aqui é que quando as disciplinas de economia e política forem inseridas no nível básico e médio de educação formaremos um país pensante, com políticos que entendem de política, eleitores que entendem de políticas  e vários cientistas e pesquisadores buscando a cura do câncer.
Aos meus amigos que vão pra rua hoje, envio toda a positividade. Quero estar errada, escrever na minha testa um pedido de desculpas! Deixo claro que vai sim rolar uma movimentação bacana hoje, um agito gostoso, corações verde e amarelo batendo forte. Mas, utilizo esse texto enorme aqui para justificar minha ausência. E minha presença quase coxinha enrolada num edredom no meu sofá confortável. Quem me conhece sabe, to infeliz aqui no conforto. Meu desejo é estar na rua sentindo o coração pulsar. Eu AMO muito tudo isso. Mas sair de casa hoje seria hipocrisia, seria ir contra meus princípios. Além do mais, caso eu saísse de casa pedindo o que eu realmente acho que solucionaria o problema seria espancada. Só pra citar, acredito em ciclos. Ciclos que naturalmente se iniciam, entram em falência e se encerram. Esse ciclo populista está declaradamente falido. E o novo ciclo que naturalmente deveria se instalar é a nova ditadura militar! Porque se o povo é burro, merece ser tratado como tal!

Ps. O texto está enorme propositalmente. Pra que as pessoas que o leiam sejam pessoas seletas. Evitando assim dor de cabeça pra mim. Não consigo imaginar ninguém que vá apoiar minhas opiniões aqui ditas, porém consigo pensar no nome completo de dezenas que vão me desgraçar por tudo o que disse aqui. Saliento que o blog é meu e ponto final. Adendo: queria muito estar na rua, estou aqui sofrendo da síndrome das pernas inquietas querendo sair gritando “fora Dilma vaca”!

sábado, 14 de março de 2015

Seu abraço

O que me derruba são esses seus abraços jogados. Quando você chega e se joga em mim. Sem cautela alguma. Sem se preocupar com o impacto todo. Todo desajeitado e com o olhar perdido. Simplesmente se deixa cair em mim. E eu me deixo cair por você. Por que isso tudo que você trás ao abrir a porta é pesado demais para meus ombros frágeis.
Como um soldado desarmado você me engloba. Seus olhos cansados encontram meus olhos molhados. E essas montanhas de sentimentos que somos, se desfazem. Meu eu se perde em você. Toda aquela complexidade se planifica. Ao esquecer o passado já não sabemos qual o futuro.

Todo errado você vem, sem ligar pra exatamente em que parte do meu corpo seus braços vão se encaixar. Porque você sabe que sempre vai haver encaixe. E de repente eu me torno tão pequena. Mas tão bem acomodada em seu corpo confortável.  Meu amor, se for pra enlouquecer que seja em seus braços e abraços.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Rótulos

O que estraga um namoro é namorar. Essa mania de namorado – quase que automática – em ficar escoltando a vida da parceira estraga tudo. No começo até soa bonitinho, fofinho. Mas sufoca. Outro erro Crasso é elaborar uma rotina na qual além da sua própria rotina você vive integralmente a rotina do outro. Sabe a que horas a pessoa acorda, quanto tempo leva no transito, com quem almoça, se está sentindo calor à tarde, com que roupa vai à academia. E de quebra, se sente no direito de opinar no dia a dia desse seu mais novo fantoche.
Um grande aliado nessa arte da escolta é o smartphone. As regras ouro são: nunca permitir que a bateria acabe e que o 3G caia. Ambas quase inevitáveis. Mas, uma boa namorada anda com um carregador na bolsa e rouba wi-fi de cada estabelecimento que frequenta. Assim, é possível que seu “amor” acompanhe de perto o seu dia. Observe sua última visualização no whatsApp (porque obviamente uma namorada que se preze não oculta visualização) e receba fotos instantâneas de cada passo seu.
E aí, esse típico casal combina já na quarta-feira feira de manhã onde irão jantar. E no jantar, programam todo o final de semana. Milimétricamente. Eles conhecem o guarda roupa um do outro, sabem o que guardam no porta-luvas de seus respectivos carros, e em qual semáforo ela doou a moeda de dez centavos que estava no porta-objetos desde segunda-feira. E então, desse modo patético se encaminha um namoro comum.
Acontece, que o amor, a paixão e a juventude vão muito além dessa ladainha toda. A grande sacada da felicidade é deixar rolar, o famoso “Vâm Vivê, depois a gente vê”. Receber uma ligação do cara que você ama, no meio de uma madrugada comum, dizendo que tá com medo de dormir sozinho. Sair pra tomar um sorvete no sábado à tarde e voltar pra casa só na segunda-feira cedo. Não ter o famoso “seu lado da cama”. Ir com suas amigas pra um show e esquecer-se de chamar seu amor. Esquecer datas especiais, horário do cinema, jantares com as famílias. Atrasar-se. Não trair, nem a ele e nem a você mesma, porque essa atipia lhe faz gostar tão intensamente que naturalmente a honestidade anda junto.

O ápice do amor acontece quando você vive seu mundo, ele o dele e juntos vocês vivem um terceiro plano. Uma bolha, só de vocês. Sem regra ou pudor algum, sem poluição do mundo exterior. Sem rotina. Sem rótulo. Sem cobrança. Sem horário. E com uma expectativa tremenda, que se faz e se desfaz constantemente. Servindo de combustível pra essa loucura toda e garantindo um “boom” de emoções que te faz sentir-se viva. E quando alguém pergunta qual a relação entre vocês, nenhum dos dois sente vontade de responder que namoram.  Porque, a verdade é que a relação de vocês é só a melhor relação do mundo.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Amigos em comum

Amigos em comum. Era tudo o que eles tinham. Era tudo o que ela achava que eles tinham em comum. Nem amigos entre si eles eram. Quatro, cinco, dez vezes eles acabaram se esbarrando. Os amigos de quando em quando marcavam jantares, baladas, passeios. Assim eles foram se tornando mais próximos.
Ela começou a rir das piadas dele. Ele percebeu e começou a fazer mais e mais piadas. Em uma madrugada fria ele ofereceu carona pra casa. Ela aceitou e percebeu que a playlist dele se enquadrava aos gostos dela. Combinaram de sair para ouvir boa música “qualquer dia desses”.
No dia seguinte um amigo a comunicou sobre um show que teria na cidade vizinha, “o surto”. E foram todos juntos. Ela ficou alegre, pois o “qualquer dia desses” chegou rápido; a música era de fato boa. A banda engraçada. Riram. Ele ofereceu carona novamente. Ela já se sentia confortável no carro dele. Conversaram muito mesmo. Marcaram um jantar japonês para a noite seguinte.
Ela passou o dia alegre por saber que partilhavam do mesmo gosto culinário. Ele contou os minutos para a noite chegar. No horário marcado, ele abriu a porta do carro para que ela entrasse e a cumprimentou com um beijo na testa. No restaurante, fez o pedido da bebida sem que ela sugerisse algo. E acertou em cheio. Beberam a cerveja preferida de ambos.
Passaram a trocar mensagens de WhatsApp, fotografias do dia a dia, desejos de “boa noite” e “bom dia”. Ela chamava os amigos pra sair quase que diariamente a fim de vê-lo. Ele passava o tempo todo olhando nos olhos dela. Ele roubou um beijo. Ela retribuiu.
Ela se sentia uma princesa. Ele agia como um verdadeiro príncipe. Passavam muito tempo juntos, todos os dias. Viajaram. Fizeram planos. Estavam cada vez mais próximos, cada pouco mais felizes. Tornou-se uma espécie de vício. Não se imaginavam mais sozinhos.
Um dia um amigo em comum ligou. Avisou que sentia falta dos dois. Chamou-os para sair. Eles foram. Ele percebeu que sentia falta da sua vida com os amigos. Surtou! Pediu a ela espaço, e se foi. Ela sentiu falta dos abraços durante o sono. Das mãos dele no cabelo dela. Das brincadeiras. De implicar com o sorriso dele. Dos presentes. Do café da manhã. Ela sofreu calada. Ele reencontrou um outro alguém. E sofreu ainda mais, porque aquele alguém não era ela.
Um bom tempo depois, coincidentemente, ambos toparam sair com os amigos em comum. Na chegada um percebeu a presença do outro, o perfume. Ele se desculpou. Ela o desculpou. Os amigos compreenderam. Compreenderam que estavam errados quando diziam que ela tinha o “coração de mármore” e que ele não sabia amar.

Hoje eles entendem que são fundamentais um para o outro. Saem com os amigos semanalmente. Descobriram que esses amigos são apenas um dos pontos em comum entre os dois. E que de tantos pontos em comuns, formam-se retas entre ambos. Retas que constroem uma estrada. Uma bela estrada para uma vida toda.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ao meu amor:

Meu amor, a saudade apertou. Penso em você quase toda noite. Sinto falta dos seus pés na minha cama. Do lixo que você acumulava sobre a pia. Queria saber se a cicatriz do seu abdome ainda está hipertrófica. Se você tem aparado a barba, cortado o cabelo. Se trocou o carro. Como vai a faculdade. O trabalho. Os planos. Se tem lido. Saído. Viajado. Se a grana está curta.  Se já se rendeu e passou a sonhar em constituir família. Com quantos travesseiros tem dormido.
Eu estou bem. Nosso cachorro parece sentir sua falta. Por vezes fica confuso com presença masculina em casa. Adapta-se facilmente a todos os meus amigos. É papai, teve quatro filhotes. Um deles é meu mais novo docinho.
Tenho saído bastante. Fiz tantos, mas tantos amigos que nem tenho como numerar. Conheci muitos lugares. Dormi “em tanta casa que nem me lembro mais”. Experimentei muitas sensações, comidas, molhos e músicas. Estampei um sorriso no meu rosto, desde então sorrio de vagar para sorrir sempre. E de quando em quando dou gargalhadas infinitas.
Enfim, hoje lhe escrevo para agradecer. Agradecer por você ter me pedido pra sair da sua vida. Ter me jogado, sozinha com nossos sonhos, nesse mundo frio e cruel. Sofri intensivamente para depois perceber o quanto sua ausência me faz bem. Hoje posso dizer que sou feliz e nunca amei na vida.

Finalmente, hoje sou eu mesma. A pessoa que sempre quis ser. Gostaria de lhe dizer que “agora só falta você”. Mas, minhas paixonites agudas estão me bastando. Obrigada por tudo meu amor. Saudades.



Adendo: Esse é o "meu texto meu" preferido. Na época em que escrevi eu li ele tantas vezes que decorei algumas partes. Por isso fiz questão de iniciar com ele. Porém, quando li novamente pra postar, achei meio bosta! Acho já me fez mais sentido, sei lá. Enfim, tá aí! Sobre as postagens: pensei em fazê-las diariamente, mudei pra semanalmente e agora decidi fazer quando estiver a fim! "Fuck the rules". 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O Início

O início:

Olá! Meu “momento mental” me impede de escrever algo bem bolado. Porém, se eu desse início ao blog em um momento melhor não seria eu mesma. Deixo então – assim de cara – claro que é assim que eu vivo. Torta. Tomando sempre os caminhos mais longos e as decisões mais erradas. E contente com o final.
Escrevi esse primeiro parágrafo há uns três meses. Estava em um período entre provas regulares e recuperações. Depois te ter terminado o semestre com bons resultados e ter passado as férias numa boa, acredito que estou apta para concluir este texto. E, quem sabe, finalmente lançar o blog.
Pois bem, nada mais justo que um primeiro post se tratar de um texto de esclarecimento. Vamos lá. Primeiro, o título: há um bom tempo que esta palavra permeia minhas ideias. Honestamente não lembro com exatidão onde a ouvi. É possível que tenha sido em algum besteirol da TV. Levando em conta minha mania – quase ofensiva – em falar o que penso e constantemente me envolver em intrigas por conta disso, achei perfeito!
No ano retrasado dei início a um projeto, uma coluna em um jornal impresso da minha cidade. “Folha do Lago”. Pensei em usar este título para a coluna. Porém, como foi meu pai quem abriu a porta pra mim (visto que ele é sócio no jornal em questão), e sendo ele a pessoa que eu mais amo neste mundo, achei mais justo que ele escolhesse o título na ocasião. Encaixou perfeitamente também, “Chamam de Manu mas é Manuela.” Completa como o nome.
A coluna me rendeu prazer imenso por pouco mais de um ano. Mesclado à confusão, novos inimigos gratuitos, tempo apertado, e um “boom” de ideias escritas. Porque convenhamos, quando externamos nossas ideias pensamos melhor. Por dois ou três motivos, dei um tempo na coluna. E a partir de sugestões de amigos resolvi iniciar com o blog e ter finalmente algo para intitular “Sincericida”.
Sobre minha capacidade como escritora: é mínima! O que sei sobre português, gramatica, e etc e tal advêm do conhecimento adquirido no colegial (com excelentes professores diga-se de passagem). Comecei a gostar de escrever quando minhas redações começaram a receber elogios na escola. Quando me dei conta de que a nota da redação seria decisiva para meu ingresso na faculdade, passei a me dedicar muito a isso e logo a amar escrever. Tanto que no ano em que passei no vestibular pra medicina, havia decidido que se não passasse faria jornalismo (foi aquele mesmo ano em que o diploma de jornalismo deixou de ser obrigatório). Dito isso, espero que compreendam que meus textos não são absolutamente redondos ou perfeitos. E a vantagem de um blog é justamente essa liberdade em errar.
Aceito críticas. Entretanto, estou um pouco velha pra abrir leque de discussões, responder a insultos, “tretar” nos comentários e afins. Logicamente de quando em quando não vou resistir e me defenderei. Busco textos mais genéricos, que fujam de crítica social. Para evitar problemas maiores. “But”, por vezes não resisto e solto o verbo! Pra esclarecer desde já, os textos serão em sua maioria crônicas românticas do dia a dia. Histórias “bobinhas” (digo bobinhas entre aspas porque da última vez que me referia aos meus textos como bobinhos sem aspas alguém – palavras do meu pai – ignorante se ofendeu). Mas, não são historias que eu tenha vivido. Funciona mais ou menos assim: eu vivi algo e peguei daquilo um ponto e criei uma historia. Vi alguma cena que me inspirou e criei. Imaginei algo com alguém e criei. Alguma amiga me contou algo sobre o namorado e criei. Por vezes realmente vivi e transcrevi o verídico. Mas essas serão a minoria. Portanto, não me julguem como uma louca apaixonada por vários caras e com varias historias de amor diferente. E menos ainda fiquem tentando descobrir quem são os personagens. Grata!

Por último, sobre mim: Manuela Forlin Rover, 23 anos. Quartoanista do curso de medicina na Faculdade Ingá, Maringá - PR. Nascida e criada em Nova Prata do Iguaçu – PR. “Mini cidade” no sudoeste do estado, apaixonante. Primeira filha de um casal de adolescentes que “casou gravido” e vive a adolescência até hoje. Suficientemente mimada. Irmã de duas criaturas insuportavelmente maravilhosas, Edson Luiz e Pedro.    Cheia de ideias, princípios e regras – sendo essas feitas para serem quebradas. Apaixonada por Rock and Roll, ar puro, educação, respeito, salto alto, clínica cirúrgica, edredom e pelo meu cachorro Bobisteka. Mato e morro pelo meus amigos, que são poucos. Nem tão poucos. Escrevo por hobby e me canso fácil. Vivo em função da felicidade de meus pais e meus irmãos. Logo, apenas a opinião deles me importa. Por mais cruel que isso venha a soar. Fria, solitária, feliz e infeliz concomitantemente. Muito prazer. Sejam bem vindos!
Ressalva: nada mais digno que o primeiro texto não ter sido relido e menos ainda corrigido.