segunda-feira, 24 de abril de 2017

Quando os dias melhores vierem

Vou despertar com os primeiros raios de sol do dia e fechar as cortinas silenciosamente. Cobrir suas costas e voltar a dormir do seu lado. Logo, vou despertar novamente. Mas, dessa vez devido ao aroma do café que você vai estar passando na cozinha.  Um bom dia, um beijo, um gole no café. Assim os bons tempos serão selados.                                              
Passaremos a manhã entre carícias e malícias. Sairemos para o almoço, sem precisar pesquisar preços de restaurantes. A tarde levaremos os cachorros pra passear na área verde enquanto planejamos mais um futuro nosso. No fim do dia a gente conta as moedas para o cigarro. Eu estudo, você desenha. Você estuda, eu leio. Eu navego nos canais da TV, você nas imagens do Google. Você faz um som, eu preparo o jantar.                                                                     
O entardecer não mais será acompanhado de medo, frio na barriga ou ausências. Estaremos lá, nos sábados, nas quartas-feiras e até mesmo nos temidos domingos à noite, sem medo do dia seguinte. Sorrindo. Mas quando digo sorrindo, é sorrindo pra Valer. Sorrindo de barriga cheia, de boca aberta. Juntinhos.                                                     
No decorrer da noite, conseguiremos manter nossa concentração nos nossos afazeres rotineiros. E nenhum sentimento ruim vai conseguir entrar pela porta de casa, apenas o som do móbili na varanda.                                   
Finalmente, na hora de dormir, eu prometo que já terei aprendido a não monopolizar o cobertor. Vamos nos beijar, com a certeza de que nenhum desejo foi apensas desejado. Você apertará minha mão bem forte para adormecer. Eu farei silêncio absoluto pra contar sua frequência respiratória e pegar no sono. E eu vou continuar pedindo pra "um Deus" te trazer uma boa noite de sono.       
Enquanto isso, hoje, eu te prometo meu amor...vai ficar tudo bem!      ❤                                    

domingo, 22 de janeiro de 2017

O maior amor do mundo

É como se andássemos calmamente, de mão dadas, circulando uma casinha de gás de cozinha. Ele com um gigante galão de gasolina, derramando o líquido por onde passamos. Eu com uma pequenina caixa de palitos de fósforo, pronta para riscar um deles subitamente.
Enquanto isso, lá estamos nós. Nos beijando, dançando, cantando e rindo. Fazendo planos, promessas e sonhos. Observando delicadamente a beleza um do outro, os seus detalhes mais sutis. Alguém que nos vê jura que somos sinônimo de amor eterno, leve e calmo.
E então, em um momento qualquer, eu resolvo riscar um dos palitos na caixa. A explosão é quase ensurdecedora. Estamos lá, só nós dois, no meio de muito fogo. Gritando e nos  estapeando. Correndo de um lado pro outro e proferindo palavrões. Alguém que nos vê jura que é nosso último momento juntos, que somos desequilibrados e não estamos em sintonia.
Em seguida, o fogo acalma. Ele me entrega meus palitos de fósforo e pega seu galão de gasolina. Voltamos a nos beijar, com mais vontade ainda que anteriormente. Começamos a concretizar alguns dos planos e a fazer outros. Observo um lindo detalhe em seu rosto que ainda não havia percebido e apresento a ele um sorriso meu que ele ainda não conhecia.
Seguimos nosso caminho perigosamente descompassados. Segurando cada vez mais forte a mão um do outro. Sem saber o que faremos no dia seguinte. Sem saber quando vou riscar o próximo palito. Sem saber quando a gasolina vai acabar. Alguém que nos vê jura que não entende absolutamente nada.

É o maior amor do mundo!