É
terrível quando alguém te faz bem. Pior ainda quando este bem é grande demais.
Essa pessoa passa a brilhar tanto pra você que todas as outras ofuscam. E
então, sem perceber, você deixa seu mundo orbitar em torno deste ser. Quanto ao
restante da humanidade, torna-se indiferente pra ti e você abstrai. Eis que
repentinamente – quando você já nem se lembra mais de que há um mundo na
penumbra do “menino dos olhos” – ele desaparece. E você... Quem era mesmo você
antes dele?
Pior
ainda quando esta pessoa conquista seu coração gradualmente. Chega sorrateiro,
aos poucos se torna seu ‘amiguinho’. Vocês se dão conta de que tem o mesmo
gosto musical, opinião política, fascínio por Coca – Cola. Sem perceber, o “bom
dia” e o “boa noite” são agora cruciais no teu dia. Os encontros ficam cada vez
mais frequentes você é capaz de passar cada vez menos tempo sem pensar nele,
vê-lo, ou ao menos trocar mensagem. Sente-se quase pedante, mas não consegue
conviver com a ansiedade acarretada pela ausência dele; portanto o máximo que
consegue é ficar (longos) minutos sem trocar
uma ideia com o tal.
Pois
bem. Quando esse ser maravilhoso enfim retorna ao mundo mágico de onde caiu,
você se vê sozinha. Com uma cratera onde antes estava anatomicamente
posicionado um coração. Jura jamais se deixa levar novamente. Sofre e chora – é
assim que tem que ser. E... um novo ‘mozão’ aparece. Tocando fogo no Alasca que
você vivia. E a vida segue, oscilando entre o quente e o frio, jamais morna.
Estilo café expresso.
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